Você, Poeta
- Vô, cê poeta havia de ser,
com palavras, bem acomodadas,
deboches tímidos,
cê não conseguia conter.
A inocência do neto
clamava em saber
como o velho escritor
omitia de seus versos
o mundo romântico
que animava seu viver.
O vô se divertia em dizer:
"não sou poeta,
nem hei de ser,
sou apenas um debochado,
vai meu poeta,
romantismo é com você."
De um causo da vida,
seus deboches cuidavam de trazer:
risos, lembranças,
admiração, saber.
De tudo,
pude perceber
a experiência do velho,
a inocência do jovem querer.
Vô, cê.
*ao avô chamado "vô".
segunda-feira, 4 de junho de 2007
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Um comentário:
Lindo poema, Diego! Adorei o blog!
Bjs
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